Reskilling e Upskilling: qual o papel da tecnologia na cultura de evolução contínua?

Se refletirmos sobre a evolução e a transformação digital das organizações, identificamos um elemento constante: as pessoas. Mas qual o desafio atual? E qual o próximo passo?

Rafael Sardinha - Change Management Manager - Claranet

Rafael Sardinha
Change Management Manager - Claranet Portugal

Num artigo de opinião publicado na revista RH Magazine, Rafael Sardinha, Change Management Manager da Claranet Portugal, defendeu a adoção do conceito people-centric por parte das organizações, como forma de responder aos atuais desafios estruturais associados à cultura de trabalho.

Questões como o bem-estar, a estabilidade financeira e a saúde mental e social dos colaboradores tornaram-se prioritárias num contexto de aceleração digital, no período pós-pandemia, ao qual se junta a entrada de novas gerações no mercado de trabalho.

Para endereçar, de forma eficaz, estes novos desafios, Rafael Sardinha refere que as organizações devem reforçar o seu foco numa cultura de inclusão e nas necessidades dos colaboradores, indo além das condições financeiras e apostando na capacidade de os ouvir e perceber, de forma a promover um propósito comum.

Uma organização people-centric considera as pessoas como o melhor ativo que o seu negócio pode ter.

O Change Management Manager na Claranet Portugal justifica também esta ideia com vários indicadores internacionais. Por exemplo, de acordo com um relatório da Gallup, “os colaboradores que integram uma organização orientada às pessoas desenvolvem um sentido de pertença, tornam-se mais orientados a serviços, mais comunicadores e estabelecem relações profundas com as suas equipas”.

Upskilling e Reskilling

Um dos sinais desta transformação no trabalho está no facto de cada vez mais pessoas procurarem adaptar-se a novas realidades profissionais: de acordo com dados do Boston Consulting Group (BCG), “65% dos trabalhadores dedica atualmente mais tempo pessoal à aquisição de novos skills, criando uma variedade de novas oportunidades” – que podem adicionar valor dentro das próprias organizações em que trabalham.

Ao considerar a experiência das pessoas como um fator chave para o sucesso da estratégia de uma organização, Rafael Sardinha defende os conceitos de Upskilling e Reskilling como essenciais no sucesso futuro das empresas - o Upskilling como fator de fortalecimento de conhecimentos e o Reskilling como aquisição de novos conhecimentos, relacionados com outras áreas de atuação.

A partir destes conceitos, o Change Management Manager da Claranet Portugal indica alguns dos desafios relevantes avançados pelo World Economic Forum neste contexto:

Soft Skills
  • Necessidade de implementar uma cultura de aprendizagem contínua, com acesso fácil às mudanças tecnológicas e às necessidades de negócio;
  • Promoção de uma experiência de aprendizagem dinâmica e personalizada, de acordo com as necessidades específicas dos colaboradores;
  • Capacidade de gestão da exigência e tempo solicitados pelo negócio, face ao tempo e recursos necessários para aprendizagem e desenvolvimento;
  • Aquisição equilibrada de technical e soft skills, dando destaque à comunicação, colaboração e capacidade de resolução de problemas;
  • Ligação da tecnologia à cultura de trabalho, para maior capacidade de promoção de inovação e novas formas de trabalhar.

Tecnologia decisiva

Rafael Sardinha considera que a tecnologia será decisiva para endereçar todos os desafios de trabalho que se colocam aos colaboradores e às organizações.

Defende uma abordagem holística, “uma experiência comum que satisfaça as necessidades dos colaboradores e permita a evolução desejada das organizações”, destacando o papel das ferramentas que suportem o trabalho híbrido – como é o caso do Microsoft Viva.

Com este tipo de solução, o colaborador ganha a capacidade de suprimir necessidades imediatas, ou até a possibilidade de criar formas de estar que beneficiem a empresa como um todo.

Em termos práticos, o Change Management Manager da Claranet Portugal considera fundamental a definição de estratégias centradas nas pessoas, através de ferramentas digitais transversais, que ofereçam ao colaborador agilidade, velocidade e autonomia – “seja para seu desenvolvimento pessoal ou no alcance de um propósito comum.”

"O Upskilling e Reskilling serão uma parte fundamental da estratégia para garantir o conforto e capacidade de adaptação da força de trabalho, daquele que é o elemento mais relevante: as pessoas” – conclui Rafael Sardinha.

in RH Magazine

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