Pen Testing-as-a-Service: um novo paradigma de Cibersegurança empresarial

De uma frequência muito espaçada no tempo a uma lógica contínua de proteção, os testes de penetração tornaram-se essenciais para combater a natureza cada vez mais fluída dos ataques.

Ricardo Silva - Business Developer - Claranet

Ricardo Silva
Business Developer - Claranet Portugal

Num ambiente empresarial em constante mutação, as ameaças cibernéticas tornaram-se mais sofisticadas e insidiosas. Os cibercriminosos, “patrocinados” por interesses internacionais diversos e atores maliciosos, aproveitam-se de qualquer vulnerabilidade para ganhos financeiros e para comprometer a integridade das operações empresariais. Os líderes empresariais estão agora conscientes de que a cibersegurança não é um destino, mas sim uma jornada contínua.

Os testes de penetração, ou Pen Tests, emergiram como uma ferramenta vital para identificar e mitigar vulnerabilidades em cibersegurança antes que sejam exploradas por atacantes maliciosos. Tradicionalmente, os testes de penetração eram realizados anualmente ou em intervalos regulares, por equipas internas ou empresas de cibersegurança contratadas. Mas não era raro algumas organizações improvisarem testes com soluções mais ou menos oficiosas, que acabavam por comprometer ainda mais a segurança dos respetivos sistemas de TI.

A natureza fluida das ameaças e o aumento dos ataques às empresas e aos respetivos colaboradores acabou por demonstrar que a frequência desta abordagem era insuficiente para proteger ativos críticos.

Novo modelo, proteção reforçada

O Pen Testing-as-a-Service, ou PTaaS, representa uma mudança de paradigma. Consiste em testes de penetração contínuos e a pedido, realizados por especialistas em cibersegurança altamente qualificados. E as vantagens deste modelo justificam bem a sua adoção:

Vigilância

Resposta em Tempo Real:

as organizações podem identificar e abordar imediatamente novas vulnerabilidades, a qualquer momento;

Redução Riscos

Redução de Riscos:

ao identificar vulnerabilidades antes dos cibercriminosos, é possível reduzir significativamente os riscos associados a violações de dados e interrupções de negócios;

Segurança

Economias de Custos:

o modelo de PTaaS elimina a necessidade de equipas internas, bem como investimentos em hardware e software.

Uma questão de confiança

Para enriquecer a identificação de todas as necessidades de proteção, as organizações podem ainda optar por uma avaliação de maturidade dos seus processos e procedimentos associados à cibersegurança.

Os serviços específicos de auditoria – à imagem do 360 Cyber Security Audit, da Claranet – permitem criar uma imagem completa da eficácia dos procedimentos de segurança implementados numa organização, confirmando se correspondem ao esperado.

Quanto mais holística esta abordagem numa organização, mais eficaz será a identificação das áreas de risco e vulnerabilidades, bem como as recomendações para melhorar a sua postura de segurança.

Para gerar informações estratégicas que ajudem a melhorar a eficiência operacional e tomar decisões fundamentadas de proteção, os processos de auditoria são um excelente ponto de partida para uma abordagem mais profunda e eficiente. Como é o caso dos testes de penetração.

Para implementar eficazmente o PTaaS, as organizações devem considerar quatro passos essenciais:

Seleção

1- Seleção de um Fornecedor PTaaS: escolher um provider confiável e com experiência em cibersegurança é crucial, tal como avaliar o histórico, especializações e métodos de teste do fornecedor;

Âmbito de Teste Claro

2- Âmbito de Teste Claro: definir claramente o âmbito dos testes, incluindo sistemas, aplicações e infraestruturas a serem testados;

Integração com SIEM e SOAR:

3- Integração com SIEM e SOAR: integrar os reultados dos testes de penetração com sistemas de informações de segurança empresarial (SIEM) e respostas automatizadas a incidentes de segurança (SOAR), para uma ação imediata;

Formação e Sensibilização

4- Formação e Sensibilização: garantir que as equipas internas compreendem os objetivos e os resultados dos testes de penetração, de forma a promover uma cultura de cibersegurança.

Assim, a implementação eficaz do PTaaS requer uma parceria estratégica com fornecedores experientes, que possuam capacidade e know-how para interpretar os resultados dos testes de penetração efetuados e aplicar as melhores soluções nas operações de cibersegurança.

Para diretores de TI, CISOs, CIOs, CEOs e responsáveis de cibersegurança, adotar o PTaaS é um passo crucial na construção de uma empresa resiliente à cibercriminalidade em constante evolução, capaz de enfrentar os desafios com confiança e determinação.

Written by Ricardo Silva - Business Developer - Cybersecurity

Ricardo Silva é Business Developer na Claranet Portugal, responsável pelo desenvolvimento da oferta de Cybersecurity.

Com mais de 15 anos de experiência na área do IT e especialização em cibersegurança, está focado em garantir que as organizações estejam preparadas para enfrentar os desafios do ciberespaço.